quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Sobre Dire Straits e redescobrir a paixão pela música
terça-feira, 15 de abril de 2014
Se for pra morrer, que seja no hoje e agora
Não escrevo isso porque aprendi, talvez porque esteja perto. Nada do que escrevi nos últimos meses foi publicado por serem de porte tão íntimo que estão melhores reservados para a página do caderno. Mas a felicidade deve ser compartilhada. É contagiante (acredite).
A vida está intensa, repleta de passeios no lado selvagem da cidade e descobertas que talvez devessem permanecer um mistério. Não que eu me arrependa. Assumir uma postura de não-arrependimento também ajuda na busca desse tal revólver de felicidade.
O que eu quero dizer é que a vida tem sido intensa e de uma calmaria confortável. Você não precisa de detalhes. Só precisa saber que geralmente vale a pena. Tudo.
come and take a walk on the wild side
let me kiss you hard in the pouring rain
you like your girls insane
choose your last words
this is the last time
cause you and I, we were born to die
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
O grande final
Eu cresci em 2013, não mais do que deveria. Reclamei durante todo o ano sobre ter mudado sem perceber que eu ainda estava aqui, apenas sem saber como me adaptar ao que mudou. Aprendi que você nunca muda completamente; só tem dificuldades de aceitar o novo em conjunto com o velho e eterno.
Para mim, dois mil e treze significou pessoas, experiências, aventuras, novidades e aprendizado. A Avenida Paulista, a Rua Augusta, a Livraria Cultura, a Vila Olímpia e, principalmente, a Faculdade Cásper Líbero foram palco de um ano que, apesar deste desfecho que não será comentado, superou todas as expectativas. Não sei se muitas pessoas podem dizer isso, mas eu alcancei todas as minhas metas neste ano.
(Disse que não seria comentado, mas às vezes é preciso escrever para deixar passar ou estar (let it be, diz a minha tatuagem. Mesas viram e confiança é uma coisa que pode se perder apesar dos laços de sangue. Eu deixei de confiar em você, herói, mas espero que o novo ano te ensine a ser uma pessoa melhor para mim, ela e quem está por vir. Nós merecemos isso.)
Sabe o que mais? Eu quero que 2014 seja assim como 2013. Altos e baixos, eu não me arrependo de nada.
Alguns fatos a serem considerados:
- Eu me apaixonei por uma única pessoa o ano inteiro. Não foi a melhor escolha (sempre soube que não seria) e, ainda assim, foi uma das melhores experiências.
- Eu vi alguns dos meus músicos favoritos. Elton John, Whitesnake, Aerosmith e, acima de todos, Ringo Starr. Uma noite na presença de um ex-beatle podem elevar a qualidade do ano em uns 300%; acredite.
- Eu sobrevivi ao primeiro ano na faculdade!
- Eu comecei a exercer atividades jornalísticas; a cobertura de uma prova de relevância nacional, entrevistas com pessoas importantes na área da educação e cobertura de cabines de imprensa (eu vi O Hobbit antes de vocês, há). Obrigada, Universia!
- Meu gosto musical mudou. Aprendi que não tem problema ouvir músicas sem cunho político ou social. Acho que até aprendi a me divertir.
- Conheci pessoas que vão deixar buracos se decidirem partir.
- Vi o mar depois de uns 4 anos. Revigorante.
Feliz ano novo!
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Direto e niilista... mas dessa vez é pessoal
Todos os dias eu desço as escadas da estação Brigadeiro sabendo que sou Evey ou Alice e seus pensamentos. Ali atrás não há sinal de estrelas. Isso vale uma metáfora pobre quando se pensa que cada estrela apagada foi uma promessa quebrada, uma ponte desmoronada e uma palavra riscada. Vai me chamar de descrente, niilista - mas o tempo me fez assim. Pessoas e experiências me distanciam da fé de que existe um propósito nisso tudo. Cada cigarro apagado na rua é símbolo de uma tentativa desesperada de se segurar em qualquer coisa palpável nessa São Paulo abstrata.
Talvez seja o 5 de novembro. Talvez seja a coragem desvalorizada e não respondida. Talvez seja O Caçador de Pipas. No fim do dia, a chuva é o que resta de cada minuto que poderia ser apagado. Qualquer coisa para esquecer todas as coisas.
domingo, 20 de outubro de 2013
Um monólogo sincero
Tenho escrito muito sobre 2012 x 2013, inocência x malícia, infância x adolescência, mas de verdade, eu sempre soube que esse seria o meu caminho. Sempre tive aquele pé depois das 10h da noite e a velha mania de gentileza durante o dia e aquela coisa de "miss nothing" quando a noite chega. Nada mudou.
Também tenho escrito muito sobre chapéus e desconhecidos, mas alguns dias são inesquecíveis, sabe. A primeira noite, a troca de Hitchcock por um batom cor-de-rosa e a noite do cinema. E por mais que eu tenha encontrado aquele Julian Casablancas e disfarçado com outras palavras o que eu queria verdadeiramente dizer para você, bem... Nada mudou.
Hoje é dia de Whitesnake. Dia de "Hanging on the promises and songs of yesterday and I've made up my mind, I ain't wasting no more time" e "I knew your name was trouble but my heart got in the way". Principalmente essa história de saber que você seria um problema e não ter medo logo no começo. Agora eu tenho. E essa é a segunda maior verdade que eu posso dizer. Nada mudou. E eu tenho medo de você.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Você já foi no Hangar 110?
Título alternativo: o ministério das palavras não-ditas adverte que bronquite pode causar desavenças e visita ao tribunal dos artistas e corações sangrentos.
O sonho da Paulista já é tão ano passado. Ninguém me disse que a vida universitária era a porta de entrada para a vida adulta, o trabalho, a falta de tempo e a hipocrisia. Não estou reclamando, eu gosto disso. O que não apetece é a consequência de tudo isso e a falta de coragem de levantar pelo que eu acredito estar certo. Se eu puder te dar um conselho, ele é: orgulho às vezes é humilhação. Evitar conflitos maiores pode resultar em você sendo descartada e nem sempre vale a pena deixar os bens da maioria superarem o bem de um. Alguém me ensina a deixar de acreditar que meu pensamento é pequeno demais diante do resto do mundo?
O que vale é que minha consciência está limpa. E meu boletim também.
domingo, 30 de junho de 2013
Mona Lisas e Chapeleiros Malucos
Se lembra do chapéu coco, meu amor? Ouvi dizer que o chapeleiro perdeu um parafuso; agora ele quer descobrir a semelhança entre um corvo e uma escrivaninha. Mal sabe ele que Stephen King é passado. Stephen King, certo?
Mas na verdade quero dizer que encontrei o filho do banqueiro hoje. Também perdeu um parafuso, esse aí. Se afogou no seu mundinho de contas e papéis. Verdes, na maioria das vezes. Ele se esqueceu de olhar para o céu, querido. Agora mal sabe se é dia ou noite. Desde que suas contas estejam certas.
E eu? Tenho esse sorriso que tenta ser de Mona Lisa mas está mais pra crocodilo. Crocodilo quer dizer malícia, quer dizer carícia, quer dizer astúcia e diz mais ignorância. Ignorante por ser Mona Lisa. Eternamente condenada a sorrir enigmamente para estranhos e mentir seu nome quando cai a noite. Em vez de Penny, seria Mona Lisa.
Você sabe qual é a semelhança entre um corvo e uma escrivaninha?
domingo, 2 de junho de 2013
2am, who do you love?
Parece que foi ontem que atravessou aquela Avenida Paulista com um copo de café na mão e o livro de Drummond nas mãos. Parece que foi ontem, mas a poesia sumiu da sua alma há alguns meses já. Tantas são as hipóteses. A poesia a deixou quando seu tempo foi ocupado, ou talvez quando ela o conheceu naquela noite onde conheceu a todos, talvez ainda quando ela escolheu a noite ao livro de Drummond.
É tempo de homens partidos. Bella Donna sabe muito bem disso. Homens partidos geram corações partidos, mas isso é o que chamam de crescer. Bella Donna não tem mais dezesseis ou dezessete anos (não que algum dia tivesse a sua idade verdadeira). Ela não é nenhuma rosa inglesa, sabe? Bella Donna pensa que é forte, mas são duas horas da manhã e ela se pergunta quem ama. Quem ele ama. Quem a ama.
Bella Donna já deveria ter aprendido que essa coisa de amor é perda de tempo. Bella Donna deveria se preocupar com a música sobre a Irlandesa há muito partida.
sábado, 27 de abril de 2013
4. Piece of My Heart
3. Folhetim
O problema de Folhetim é que Chico Buarque não deixou uma mensagem em aberta e essa música fala por si. Ela explica por que sou um dos motivos pelos quais preciso de alguém novo.
Não deixei a abertura para contar até dez, quem dirá vinte.
E já não vales nada, és página virada e descartada do meu Folhetim.
sábado, 13 de abril de 2013
Boa noite, Charlotte
Revirou-se na cama, à procura dos lençóis que se perderam em algum ponto do dia, tarde ou noite. Charlotte encontrava-se vazia, perdida no próprio quarto que de súbito parecia grande demais para confortá-la. Sabia bem onde queria estar. Porém, aprendera por toda a sua vida que o querer é tão, tão diferente do poder. E justo na noite anterior o querer sem poder fizera com que fosse obrigada a aguentar esse silêncio tão ensurdecedor em sua própria casa.
Não achei que te encontraria em mim mais uma vez, Charlotte. Sabemos o que temos que fazer agora, não é? Primeiro pegaremos aquele 1984 e rasgaremos suas páginas em protesto ao Grande Irmão. Depois colocaremos as palavras da nossa pequena Alice em nossos lábios e faremos delas os nossos mantras. Então será a hora de cantar "if I go insane please don't put your wires in my brain" e torcer para que alguém nos ouça e atenda ao pedido. Abaixaremos os olhos para as cenas românticas na televisão e arrancaremos penas das minhas asas para continuar enchendo essas páginas de metáforas roubadas. Porque você sempre foi parte de mim e eu torço para que me deixe.
domingo, 3 de março de 2013
Are you mine? (Título alternativo: am I mine?)
Se você pode se apaixonar por correntes de prata, pode se apaixonar por correntes de ouro. Não sei o motivo dessa frase vir à tona, mas já parou pra pensar em como é verdade? E eu sou tão fácil... Não é o amor que reina sobre mim, é só a ingenuidade mesmo, essa falsa teoria de que todos têm algo bom a oferecer. Mas não me importo de ser a culpada do que está por vir; eu quero mais é arriscar mesmo. Se eu soubesse há três anos que seria como sou hoje, provavelmente não acreditaria - e provavelmente almejaria. Gosto do que me tornei. Pode me assustar. Mas eu gosto.
Um brinde ao otimismo que voltou a me abraçar. Quem sabe o próximo não é poesia.
o que o título tem a ver mesmo?
domingo, 24 de fevereiro de 2013
the bleeding hearts
but why do I feel this party's over?
No pain inside, you're my protection
So how do I feel this good sober?
Can't stop
Ever wonder if it's all for you?
The world I love, the trains I hopped to be part of the wave
Can't stop
Come and tell me when it's time to...
Wait a minute, I'm passin' out, win or lose just like you
Far more shocking than anything I ever knew, how about you?
Ten more reasons why I need somebody knew just like you.
I knew you were trouble when you walked in
So shame on me now
Flew me to places I've never been
Now I'm lying on the cold hard ground.
I'm miss autonomy, miss nowhere, I'm at the bottom of me
Miss androgyny, miss don't-care-what-i've-done-to-me.
I'm misused, I don't wanna do, be not your slave
Misguided, I mind it, I'm missing the train
And I don't know where I've been
And I don't know what I'm into
And I don't know what I've done to me
And as I watch you disappear into the ground
My one mistake was that I never let you down
So I'll waste my time, and I'll burn my mind
I'm MISS NOTHING.
Já que não consigo escrever, tá aí música pra resumir a semana.
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Give me a second, I... I need to get my story straight.
miss matter, you had 'er now she's going away. ou não.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Coffee and cigarettes
Att.
não sei o porque do título
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
rock and roll rodeo
If you never take it seriously, you never get hurt;
you never get hurt, you'll always have fun.
And if you ever get lonely just go to the record store and visit all your friends."