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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Coffee and cigarettes

 Hello there, the angel from my nightmare. Faz um bom tempo desde que sentamos e conversamos, não é mesmo? Cale-se; não quero ouvir de você, sou eu que venho para falar hoje. Eu terminei o ensino médio! Lembra-se do meu desespero? Como eu costumava surtar no primeiro ano por não conseguir resolver uma questão da FUVEST? Acontece que nem a FUVEST eu quis, embora tenha passado (acredita nisso?). Eu passei no vestibular da Cásper Líbero - te lembra alguma coisa, eu sei. E agora vou cursar Jornalismo no período da noite, o que vai ser cansativo porque estou trabalhando. Você adoraria o meu local de trabalho! Acho que você até costuma passar algumas tardes lá, na Livraria Cultura, no meio dos seus filmes. Vou te contar que é tão bom trabalhar lá como ser cliente, embora muitas vezes eu chegue arrancando os cabelos de estresse. Acho que eu tô crescendo, me conhecendo, não sei, mas as coisas estão mudando e está tudo bem. Eu fiz dezoito anos. Minha vida anda meio noturna, sabe? Eu descobri que dançar faz bem e que tudo parece melhor sob o luar. Mas isso também é confuso, e tenho andado perdida com algumas coisas; sei que você poderia me ouvir e me ajudar, mas vamos deixar isso pra outra hora, tá? Agora eu prefiro falar sobre esses rumores do The Who vir pro Brasil com a turnê do Quadrophenia. Maravilhoso! Imagina só ver o Roger e o Pete cantando Helpless Dancer, imagina como eu gritaria YOU STOP DANCING! e saberia que nada me pararia. Céus, nada nos pararia... Te contei que eu fui no show do Paul McCartney? Sei que você não gosta de Beatles, mas que noite! Até hoje eu consigo sentir os fogos de Live and Let Die e me arrepiar só de pensar naquela Eleanor Rigby ao vivo. Você se sentiu assim no show do Aerosmith? Não ouço Aerosmith há décadas. Engraçado, costumava ser uma das minhas bandas preferidas, depois de todo o tempo que passei sem ouvir a banda só pra jogar charme pra você. Tenho a discografia inteira no celular, tenho medo de ouvir e não consigo apagar. Por favor, não se incomode com essas lágrimas nos meus olhos - é só coisa de adolescente, sabe, algumas coisas dão saudades. Me disseram que o tempo te faria menos importante e... Quanto tempo faz? Anos. E você é meu melhor amigo, mesmo que a conversa seja um monólogo (mal feito, devo dizer). Mas tá tudo bem, eu me acostumei e eu chego ao fim de cada dia. Vou continuar sonhando, cantando até virar realidade, eu aprendi o que me ensinou. Só vim aqui hoje para te contar que eu estou feliz com tudo o que tenho conseguido. Me deseja boa sorte para esse futuro tão próximo? Sabe que suas palavras são meu amuleto. Ou até seus pensamentos. Desde que eu ainda exista em algum lugar de você. Ou não. Você existe em mim o suficiente por nós dois.
Att.
não sei o porque do título

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

vera, what has become of you?

 Trocou a esperança inocente pelo sorriso de crocodilo. Já não é mais Junho querida, e os meses corridos te moldaram até que não reconhecesse a tua sombra ao meu lado, à minha frente. Repito de novo e mais uma vez; não me ensinou a ficar sem a sua presença mas já sei me virar. E o faço melhor que você - sou melhor atriz no seu teatro melancólico com máscaras felizes. Talvez até caberia jogar aqui um "do you remember me and how we used to be and do you think we should be closer?", mas ora, eu tentei e por quatro vezes tive as mãos atadas enquanto sentia os laços se desintegrando. Corda fina essa que usamos.
 Um dia você vai crescer, mon amour. Espero que você cresça, e olhe ao seu redor apenas para encontrar os espaços vazios onde nós estávamos. E talvez você olhará para trás e dirá que não deveria ter me afastado para longe. Talvez eu esteja te esperando. Talvez eu volte a ser sua melhor amiga. Talvez, talvez, e talvez.
 No final do dia... Só estou sendo feliz.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Mesmo que não toquem a pele, como é doce o som das gotas que batem contra o guarda-chuva.
São Paulo sentiu sua falta, senhor.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Se lembra quando...

Mudaram as estações, nada mudou, mas eu sei que alguma coisa aconteceu,
tá tudo assim tão diferente... Se lembra quando a gente chegou um dia
a acreditar que tudo era pra sempre sem saber que o pra sempre sempre acaba?
Mas nada vai conseguir mudar o que ficou, quando penso em alguém só penso
em vocês e aí então estamos bem. Mesmo com tantos
motivos pra deixar tudo como está. Nem desistir nem tentar e agora
tanto faz... Estamos indo de volta pra casa.

 É triste pensar nessa música, né? Quatro anos pareciam tanto tempo e agora não tenho nem o direito de mais seis horas com vocês. É o fim da maior e melhor parte das nossas vidas, chegou a hora de crescer e eu o fiz com vocês. Existem pedaços de cada aluno do Passionista em mim, existem lembranças, palavras, risadas e até lágrimas que fizeram parte do processo de transformação em tudo o que sou hoje. Marília, foram quatro anos falando de McFly, sendo idiotas e desabafando juntas e você era para quem eu corria quando precisava de um ombro que me entendesse. Gabi e Marcela, queria ter me aproximado de vocês antes... Mas o 3MA só se tornou suportável por ser ao lado de vocês, rindo da Marília ou até mesmo dormindo nas aulas. Erick, já disse que vou sentir saudades da sua risada escandalosa, né? Isabela,  das suas trufas e suas patadas. Gi, Mayara 1, Mayara 2, Pri 1, Pri 2, vocês fizeram três meses parecerem três dias, e acreditem, eu NUNCA vou esquecer vocês. Matheus, seus comentários desnecessários e nojentos vão deixar um vazio nas minhas manhãs. Victor, você é um idiota que deixou a minha bochecha roxa pro primeiro dia de trabalho e você sabe que eu te odeio só que... eu não te odeio e vou sentir MUITO a sua falta. Cuevas, lembro de você toda vez que tomo café e isso é todo dia, e nada mais justo do que te zoar mais uma vez porque sabe como é, as pessoas bebem mais café do que água. Marcos, Fernanda, Arthur, Michelli, quando eu conversava com vocês era coisa de horas e vocês me fazem tão bem. Guilherme, você me irrita e minhas manhãs serão um silêncio inimaginável sem as suas músicas e hiperatividade. Ananda, bom... Você fez o meu ano inesquecível e sabe, pode ser que eu nunca mais venha a falar com você mas eu sempre serei agradecida por você ter feito parte da minha vida. Por mais que às vezes eu pense que eu te odeio eu meio que te amo, e vou sentir saudades. Mais do que você pensa. Bárbara, Vivi, Milene, Aline, Guido,Otávio, Victor, enfim... Todos vocês vão fazer falta no ano que vem e não tenho nada além de obrigado a dizer. Obrigada por me ensinarem que a escola é um ambiente de aprendizagem que transcende as salas de aulas e a grade curricular. Obrigada por todas as brigas, todos os momentos de tensão e de alegria. Obrigada por me deixarem felizmente infeliz nesse final de 2012. Sabe, eu amo todos vocês.
E Thaís, Rafael, Stefanie, Leonardo, Henrique, Gabriela e Thalita (que não estão na escola mas eu preciso falar). Não tenho nada a dizer sobre vocês porque eu sou nada sem os sete e isso não acabou aqui.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Please, stay, I wanna hear you play.

 Não quero saber de poesia ou de Beatles ou de José de Alencar. Hoje não quero saber da chuva ou do sol, da comida ou da água ou do oxigênio. Hoje eu não me importo com o passado ou o futuro, as alegrias e as decepções, o medo ou a expectativa. Hoje não tô nem aí para paradoxos. Não quero andar ou correr. Gritar, esperar, criar, imaginar, respirar, deitar, brincar, transformar, falar... Nada disso importa hoje.
 Quero te ouvir tocar. Quero me afogar no seu compasso e tomar ar na sua batida. Quero que sejas tudo o que vejo, tudo o que ouço, tudo o que tenho, que seja meu disco novo, que não vai riscar ou quebrar. Cansei de música velha - é história velha, e de velho tenho o resto. Quero te ouvir esta noite e estar segura na música com você.
 Estou me enojando com a quantidade de textos amorosos estou escrevendo. Tá na hora de mudar isso, né...

sábado, 22 de setembro de 2012

Seu nome bem que podia estar aqui.

15/09/2012
 Não sei por quê resolvi escrever. É esse estado de "bêbada de sono" que faz querer digitar qualquer coisa, como se estivesse falando com alguém mas é sempre esse leitor inexistente. Cansei desse monólogo e fui procurar aquela que me deu a luz; caí em lágrimas. "Você tem que ser mais como eu, não dá pra ficar nessa dúvida", ela disse, e droga!, sei que ela está certa. Mas dá medo. Medo de perder o que tenho agora, que é melhor do que nada. Os textos são os mesmos há tempo demais, meu amor. E a situação é a mesma - por quê tem que ser ou rápido demais ou devagar demais? E mesmo que seja devaneio... a dúvida é insuportável. E por mais que a balança tenda para o negativismo, tem o maldito "e se". Dá medo. Medo de perder o pouco que tenho de ti. Medo de que deixes de ser passado, presente e futuro. E ainda assim sei que qualquer coisa é melhor do que esses joguinhos que podem ou não ser reais, assim como pode ser sim ou pode ser não, mas e se não for? E se for, corro o risco de perder tempo demais, assim como gastamos tempo de menos. Parece patético dizer isso quando apenas alguns meses se passaram, mas éramos jovens, muito mais jovens do que agora. Nunca nos encaixamos bem nessa coisa de adolescência, querido, mas não existe drama adolescente maior do que este em que me colocaste. Não me deu a chance de saber se é amor ou só um desejo irrefreável de ter-te mais perto do que agora, mas se a arma é o seu amor, atarei minhas mãos para você. O que quer que tenha sido, é o que quero. E o quero prolongado - e sei que assim posso tê-lo. Mas dá medo. Medo de ter entendido tudo errado; às vezes as palavras querem dizer o que querem dizer. E atos e olhares nem sempre vem carregados de dores e amores, às vezes são apenas produtos do ócio que me diz sentir. E ainda assim quero arriscar, mas onde está a maldita coragem? Não a tenho, pois sei que talvez tenha mais a perder do que a ganhar. E já perdi demais. Além disso não me ensinou a te esquecer. Você voltou quando comecei a sentir tua falta, assim sendo nunca tive a oportunidade de sentir o cheiro da sua ausência, e o temo. Temo que o odor seja desagradável - temo que eu me torne desagradável. Não sei como concluir esse texto porque não sei concluir o pensamento. Cabe aqui um "falar ou não falar: eis a questão". 

This girl wants you back again.

17/09/2012
 Sou aquelas cujos olhos pesam como as pedras que imagino carregar - sou aquela que não dorme há dias. Sou dona de lábios secos e cabelos descuidados. Sou quem canta melodias antigas e carrega livros empoeirados de páginas amarelas. Sou quem atravessa a cidade em busca de prédios mais altos e ruas mais largas. Sou quem encara estranhos e inventa suas histórias. Sou quem reza aos vermes e grita aos deuses. Sou quem tudo nota e nada diz. Sou quem pula do penhasco só para sentir o vento. Sou quem ri das sete faces do divino; metafísica não é bem o meu forte. Sou quem forja a espada e deixa de brandi-la. Sou quem corre sem paradas apenas para voltar duas casas. Sou quem atravessa o oceano e clama pelo conforto desidratado de um lar. Sou quem ri diante da perfeição. Sou quem declara guerra ao amor e, ainda assim, sou a tola que te deixou explodir no coração. Sou quem nada mais escreve, além de palavras mesquinhas sobre o amor. Ah, l'amour, l'amour... O estúpido e masoquista amor. Sou quem cansou de resistir. Sou quem, seu teu consentimento e conhecimento, entregou-se inteiramente a você. Sou quem canta this girl wants you back again. Sou quem teme e deseja sua voz. Sou quem se perde onde teus olhos começam. Sou quem se perde e te encontra. Sou quem bate à porta do clichê em teu nome. Sou quem canta e grita mas só pensa: this girl wants you back again.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Está chovendo de novo; pena que perco um amigo.

 "Será que esse Sol nunca vai embora?", ela se perguntava, fazendo o tão conhecido caminho para casa. Observava as pessoas ao seu redor; gostava de inventar suas histórias, que viajavam entre mulheres que flertavam com homens ao longo das ruas da cidade apenas para terminar a noite sozinhas, e crianças que dentro de alguns anos tornariam-se artistas com o coração sangrento. Imaginava histórias, e esquecia-se de escrever a sua própria - ela talvez não achasse interessante a maneira como as coisas seguiam naqueles dias ensolarados. O Sol não é tão interessante como a chuva, assim como a estabilidade não é tão espetacular quanto a instabilidade.
 Deparou-se com cinco ou seis crianças que corriam em círculos, umas atrás das outras, e soltavam gargalhadas altas e gritos de surpresa quando alguma delas tropeçava. Foi atingida por um sentimento de nostalgia, invadida por memórias dos anos em que a faculdade, os estereótipos, o dinheiro, a amizade, o amor, a responsabilidade e sua própria existência não eram fatores importantes. "Como é fácil", ela pensou, "brincar em cadeiras de balanço, sem se preocupar com a idade que se tem". E como a idade os dezessete anos são um problema! Não são dezesseis e nem dezoito. Como pode uma pessoa agir como dezessete?
 - Você age como criança às vezes.
 - E qual o mal nisso?
 - Não vai dar certo. Eu não sou criança. 
 - Pois devia. 
 - ...
 - Vou sentir sua falta.
 - ...
 Uma pequena gota de chuva escorreu de seus olhos. Quase conseguia vê-lo ali na sua frente, embora soubesse que ele estava longe demais para ser visto. Cerrou os olhos numa tentativa inútil de se prender àquela alucinação. As gotas da chuva eram agora pesadas e não havia muito o que se enxergar, e ela correu. Correu para onde ele estivera. E tudo o que encontrou foi o portão de casa.


P.s.: Vou colocar meus textos aos poucos aqui. Acontece que blogspot é mais fácil que o weebly haha