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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Um dia na vida.

Dos altos e baixos; e as prateleiras me engoliram. Caleidoscópio de palavras, os livros gritam-se para mim e tenho procurado pelo blasé de Jane Austen mas tudo o que encontrei foram os tapas na cara de George Orwell. E o tempo deixou de correr ao meu lado como o coelho que está sempre atrasado - estou sempre atrasada. Para a vida. A maturidade esqueceu de bater à minha porta e vivo agora nessa sombra de uma Terra do Nunca que criei para mim. Abrir os olhos parece doer. Meu problema já foi o realismo; agora são as máscaras. Desaprendi a conviver com os disfarces e mentiras que correm soltas nessa nova fase, onde as pessoas já são mais inteligentes; agora o perigo é maior, meu bem. A experiência ajuda a machucar, e não a tenho, sendo eu o alvo dos dardos da prática. Vai dizer que sou eu quem crio o drama, mas a verdade é que não fui acostumada à cobrança alheia. É fácil superar as minhas próprias expectativas porque sempre soube que me desapontaria, mas não é assim tão simples decepcionar o outro. Tenho coisa demais a perder nesse jogo, que nem virou um dos meus brinquedos favoritos! No fim, tudo o que preciso é de um pouco de ar. E paz. Uma dose maior de mim mesma e alguns segundos para admirar tudo o que tenho conquistado, balancear o quão longe cheguei e me afastar dessa ponta de precipício onde cheguei. Sei que dá para continuar. Sem sentar e desistir de novo.


My karma tells me you've been screwed again
If you let them do it to you, you've got yourself to blame
It's you who feels the pain.
It's you who takes the shame.
I am a young man, I ain't done very much.
You men should remember how you used to fight.
Just like a child I've been seeing only dreams.
I'm all mixed up but I know what's right.
I'm getting hooked down, I'm being  pushed 'round.
I'm being beaten every day.
My life's fading but things are changing.
I'm not gonna sit and weep again!

sábado, 22 de setembro de 2012

This girl wants you back again.

17/09/2012
 Sou aquelas cujos olhos pesam como as pedras que imagino carregar - sou aquela que não dorme há dias. Sou dona de lábios secos e cabelos descuidados. Sou quem canta melodias antigas e carrega livros empoeirados de páginas amarelas. Sou quem atravessa a cidade em busca de prédios mais altos e ruas mais largas. Sou quem encara estranhos e inventa suas histórias. Sou quem reza aos vermes e grita aos deuses. Sou quem tudo nota e nada diz. Sou quem pula do penhasco só para sentir o vento. Sou quem ri das sete faces do divino; metafísica não é bem o meu forte. Sou quem forja a espada e deixa de brandi-la. Sou quem corre sem paradas apenas para voltar duas casas. Sou quem atravessa o oceano e clama pelo conforto desidratado de um lar. Sou quem ri diante da perfeição. Sou quem declara guerra ao amor e, ainda assim, sou a tola que te deixou explodir no coração. Sou quem nada mais escreve, além de palavras mesquinhas sobre o amor. Ah, l'amour, l'amour... O estúpido e masoquista amor. Sou quem cansou de resistir. Sou quem, seu teu consentimento e conhecimento, entregou-se inteiramente a você. Sou quem canta this girl wants you back again. Sou quem teme e deseja sua voz. Sou quem se perde onde teus olhos começam. Sou quem se perde e te encontra. Sou quem bate à porta do clichê em teu nome. Sou quem canta e grita mas só pensa: this girl wants you back again.