sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Rascunho

 É engraçado, pensar que estou bem e então começar a escrever; sabe que as palavras me açoitam e dizem tudo o que nem sabia que queria. Isso tudo foi ouvindo aquela velha canção e dessa vez não foi a voz do Steven Tyler que cantava para mim. Na forma mais pateticamente poeticamente clichê, são as suas palavras que cantam para que eu continue sonhando, como se fossem o seu último ato de misericórdia antes de lançar-me a minha própria sorte. E eu consigo. Todas as noites eu me surpreendo ao pensar que, de alguma forma, eu atravessei o dia. Nesse fim de ano aconteceram pequenas vitórias, coisas que me ensinaram que eu posso sim respirar sem o meu porto seguro, mesmo que sempre vá existir um buraco onde eu costumava encontrar a música e a poesia. Onde você estava.

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