domingo, 30 de setembro de 2012

Roxanne

Roxanne, why does my heart cry?
Feelings I can't fight!
You're free to leave me but just don't deceive me
And please, believe me when I say I LOVE YOU!
E tem um conto vindo aí.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Can we stop the world from turning?

 Essa é uma tentativa de recriar o que havia escrito. De qualquer maneira, não quer dizer que tem menos significado...
 É a terceira vez que isso acontece, e sei que não deveria ter existido nem uma primeira. Não sei como começar isso sem soltar logo de cara um "eu sinto a sua falta" e, depois de tantos textos, poemas, metáforas e alusões resolvi ao menos uma vez ser direta. Você foi o meu melhor amigo. Na verdade, existem duas correções para essa frase. A primeira é que você foi mais do que o meu melhor amigo, mas toda essa saudade se dá por ter perdido meu amigo, meu irmão (porque é isso o que foi para mim). E a segunda é que você não foi, você é. Te perder nunca foi uma coisa da qual eu me recuperei, por isso não me importo se essa é a terceira ou a última vez que tento te incluir na minha vida mais uma vez. Só eu sei o quanto me arrependo de tudo e nada do que aconteceu ao mesmo tempo. Mas tem aquele um dia, aquele que fez com que tudo desabasse pela primeira vez, e sei lá, eu nunca te disse o por quê daquele dia, talvez porque eu sabia exatamente o que você ia dizer. E o que você pensava/pensa sobre mim sempre foi importante. Sei que muito tempo se passou,e perdi a conta de quantas noites gastei me perguntando se você sequer lembrava o meu nome. Toda a coragem que eu tinha foi usada nessas treze linhas, e dá um certo medo pensar na resposta que eu vou ter, porque não sei agir quando o assunto é você. Dá medo de te perder, mesmo que já o tenha perdido. Não vou me estender. Não vou pedir desculpas - sei que isso de nada vale. Eu sinto a sua falta, e é isso. Sinceramente.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A Insustentável Definição do Ser

 Olhei para o relógio, que marcava três horas da manhã; horário no mínimo interessante, eles dizem. Não que algo realmente interessante possa acontecer às três horas da manhã de uma quarta-feira, mas gosto desse horário, que de nada importou para o que vai ser escrito. A problemática do texto é que perdi o conceito de ser. Verbo e substantivo. Afinal, o que é ser e o que é o ser? O ser muda, tornando o ato de ser instável. E como pode uma pessoa afirmar "eu sou de tal jeito" se talvez em dez segundos a vida dê um tapa na cara e ela se torne um ser diferente do que foi? Por exemplo, não posso dizer que sou quieta - na verdade eu estou quieta, o que tornaria o verbo ser um uso errôneo do verbo estar, mas então de que vale a existência do ser e do estar? Não existe verdade absoluta. O hoje não é igual o ontem e o amanhã não vai ser igual hoje. Se alguém te diz hoje "eu sou sua amiga", não quer dizer que isso vai se estender por anos ou semanas. As coisas mudam. O ser muda. O ser deixa de ser. Talvez eu não seja o que fui quando comecei a escrever. O relógio marcou quatro horas da manhã. Não havia mais a magia de ser três horas. Virei para um lado qualquer e voltei a dormir.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O tempo não espera

 Quando foi que comecei a correr? Há alguns minutos o céu parecia tão azul... E então, mais rápido que um piscar de olhos, tudo mudou. A avenida se alongou e pessoas pareceram surgir de todos os cantos. E veio aquele sentimento de claustrofobia, embora não houve qualquer parede física por perto.
 Tomei consciência da minha própria existência e me lembrei da aula de Sociologia mais cedo. Lembrei de como uma mente cética e niilista leva ao vazio existencial. Deu vontade de ter fé e algo a mais no que acreditar; talvez algum tipo de transcendente pudesse levar meus pensamentos para longe daquele maldito lugar.
 Maldita avenida. Maldito John Lennon. Maldita Cásper Líbero e maldito Drummond. Maldita cafeína. Malditas árvores e malditos prédios - tinham de ser assim tão altos? Maldita alucinação, que fez meus passos parecerem leves por mais que jogasse os pés contra o asfalto. E, malditos à parte, é fim de ano. 

Kickin' around on a piece of ground in your hometown
Waiting for something or someone to show you the way
Tired of lying in the sunshine, staying home to watch the rain
You are yound and life is long
And there is time to kill today
And then one day you find ten years have got behind you
No one told you when to run
You missed the starting gun.
And you run, and you run to catch up with the sun but it's sinking...

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Please, stay, I wanna hear you play.

 Não quero saber de poesia ou de Beatles ou de José de Alencar. Hoje não quero saber da chuva ou do sol, da comida ou da água ou do oxigênio. Hoje eu não me importo com o passado ou o futuro, as alegrias e as decepções, o medo ou a expectativa. Hoje não tô nem aí para paradoxos. Não quero andar ou correr. Gritar, esperar, criar, imaginar, respirar, deitar, brincar, transformar, falar... Nada disso importa hoje.
 Quero te ouvir tocar. Quero me afogar no seu compasso e tomar ar na sua batida. Quero que sejas tudo o que vejo, tudo o que ouço, tudo o que tenho, que seja meu disco novo, que não vai riscar ou quebrar. Cansei de música velha - é história velha, e de velho tenho o resto. Quero te ouvir esta noite e estar segura na música com você.
 Estou me enojando com a quantidade de textos amorosos estou escrevendo. Tá na hora de mudar isso, né...

domingo, 23 de setembro de 2012

Ouça-me rugir!

" - (...) Bem, poderei ter as pernas pequenas demais para o corpo, mas a minha cabeça é grande demais, embora eu prefira pensar que tem o tamanho certo para a minha mente. Possuo um entendimento realista das minhas forças e fraquezas. A mente é a minha arma. Meu irmão tem a sua espada, o Rei Robert, o seu martelo de guerra, e eu tenho a mente... e uma mente necessita de livros da mesma forma que uma espada necessita de uma pedra de amolar para se manter afiada. É por isso que leio tanto." Tyrion Lannister, As Crônicas de Gelo e Fogo: A Guerra dos Tronos (Livro Um)

sábado, 22 de setembro de 2012

Look what you've done to this rock n' roll clown.

Me lembra coisa demais.

Renasça enquanto há tempo

(Foi escrito há tanto tempo que já nem sei mais a data certa.)
Encontrava-se no topo do prédio mais alto da cidade, cercada por pessoas que comentavam sobre a paisagem perfeita que a altura lhes proporcionava. Tão perto do céu, tão alto quanto as nuvens, tudo tornara-se frágil. Aproximava-se cada vez mais da borda do prédio, observando os carros que iam e vinham na rua. Subitamente, como que empurrada por um sopro do vento, ela caiu. Não sentia medo algum, aprendera toda sua vida como fingir e, no momento, fingia que estava voando. A queda parecia nunca acabar, como uma metáfora de seu livro preferido. Toda a sua vida correu por seus olhos, todas as pessoas, lugares e erros. Ah, seus erros. De repente, sentia como se todos os seus certos e errados fossem apagados pelo vento batendo em seu corpo. Via a calçada se aproximando, e de repente arrependeu-se. Era tarde demais. 
 Sentiu uma dor incrível ao atingir o chão de concreto, e não podia fazer nada além de assistir inconscientemente a multidão que formava-se ao seu redor. Queria gritar por socorro, mas não encontrava sua voz. A única coisa registrada foi a voz doce de um homem que ajoelhou-se ao seu lado e sussurrou ao seu ouvido:
 - Renasça enquanto há tempo. 

Now in a heartbeat, I would do it all again

18/08/2012
 Encosto a cabeça no travesseiro; o silêncio faz com que as batidas do coração se tornem irritantemente altas (parece até hipnopedia). Coloco os fones de ouvido, e droga!, o mesmo maldito som ecoa na primeira música do Dark Side of The Moon. Dá vontade de gritar, arrancar, entregar-te o que há tanto já é seu. 
 Não o quero mais - dói demais. Descartar a página já não funciona mais, querido, tornou-se tão impregnado quanto a tinta da tatuagem que diz para deixar estar. Já és parte de mim; deixa-me ser parte de ti. 

"Não vale a pena passar a vida escrevendo."

21/08/2012
 Na mesa, o Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley e a tal biografia do Paul McCartney descansam desordenados; o copo de café já nem esquenta mais. Está frio, mas recuso o aquecimento da jaqueta de couro desbotada - um capricho, por certo vou reclamar quando ficar doente. Insuportável, amaldiçoo os adolescentes que insistem em ignorar os pedidos de silêncio na biblioteca.
 Insuportável, de fato. É impossível não pensar no quão fria venho me tornando, e em como há um ano eu não suportaria a ideia de sair sozinha ou ficar sem companhia durante muito tempo. Aprendi a achar um amigo nos livros, um amante na música e a necessidade de comunicação no papel e caneta; um afago nos raios de sol do Ibirapuera e autocomiseração no vento frio da Paulista.
 Afinal, aprendi a ser meu próprio soma. Não sei se é defeito ou qualidade; sei que muitas vezes sinto falta do que costumava ser. "Não vale a pena passar a vida escrevendo", disse alguém na Biblioteca de São Paulo. E se escrever for tudo o que ainda existe do meu antigo eu?

Te encontro e quero te perder

02/09/2012
Me acostumei a mentir, querido
Ao dizer que não te tenho aqui comigo.
Te encontro em noites mal dormidas,
em canções desafinadas,
te encontro onde me perco.
És como o cisco doloroso que incomoda os olhos,
és corrente de brasa - te encontro no café que queima a garganta.
Te encontro no escuro;
tua voz tão clara quanto os primeiros raios de sol.
Te encontro na oração descrente.
Te encontro no espelho quebrado.
Te encontro na mesma música e dança velha, meu amigo.
Te encontro e quero te perder.

Não consegui pensar em um título pra isso

03/09/2012
 Sozinha pelas ruas de São Paulo, o ar gélido e extremamente seco bate como lembrança de por quê estava ali. O cenário era complemento dos pensamentos quase niilistas que assombraram desde que acordei - os homens de terno que fumam seus cigarros, os músicos jogados na sarjeta e os poetas corteses debruçando-se com seus poemas em mão. A voz de Syd Barrett nos ouvidos era a explicação; não é ele o maior exemplo de loucura?
 Acordei pensando na loucura e no que deixa as pessoas loucas. E tem resposta? Se a encontrasse, talvez me taxassem de louca mas... Já não o fazem? Sei que sou louca, sempre fui, como a maioria de nós. Vai dizer que o cara do Dark Side of The Moon não faz sentido? Somos todos loucos. Essa mulher que faz careta para a máquina da frente do orelhão pintado de cérebro; só pode ser louca. Esse homem que acabou de apagar um cigarro e já procura nos bolsos a próxima dose de tabaco; louco (com alguma porcentagem de uma morte precoce).
 Mas existem tipos e tipos de loucura. Não dá pra mandar um "te vejo no lado sombrio da lua" se você achar que o cara vai se suicidar - ou talvez virar astronauta - para comparecer ao encontro. E são essas as pessoas que trancam nos hospícios. Por quê ninguém pensa na loucura (e veja bem, vamos trocar a palavra loucura por estupidez) de quem rouba ou mata ou mente? São presos; deveriam ser internados. Vê esse julgamento do mensalão, só tá servindo mesmo para criar a utopia de que depois dele a política não vai ser corrupta. Todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais do que os outros...
 A verdade é que as pessoas ficam loucas para não perderem a razão. Transformam a loucura em arte, espalham a loucura e tornam-a sensata. Pelo menos mais sensata do que matar e roubar e mentir e não se tocar que tá tudo bem se o lunático está na grama; os loucos são as melhores pessoas. A loucura é relativa; a estupidez não. (Mas até aí, sou louca por pensar assim.)

Noite de espetáculo

10/09/2012
 Encarei o movimento das ondas, tão perfeitamente dessincronizado; meu corpo jogado na areia, deixe que o mar me arraste para longe daqui! Nem tudo embaixo do Sol está "in tune". O Sol queima, fere, é brasa que fere lentamente - é calor que tenta aquecer a alma, mas tudo o que arde é a pele. 
 Sou espectadora da vida; só assumo o papel principal no meu monólogo sem audiência. Sou quem tira a foto, quem abre as cortinas e quem controla a luz - sou quem diz que o show deve continuar. O papel coadjuvante também é importante, querido, sem ele o seu caráter de destaque não é tão interessante. 
 Deixo-me ser arrastada pela água salgada que faz doer os cortes, deixo meu corpo detrás das cortinas ser puxado para o desconhecido, sabe-se lá se o bom Senhor decidiu me buscar. Não, não fui levada para o desconhecido. Estou de volta à cidade grande.
 É noite de espetáculo.

A vida não é feita de suposições.

15/09/2012
 Leio o que quero, suponho que terminou. 
 Leio o que não quero, suponho que virei passado. 
 Suponho que não escreverei mais sobre ti,
 Suponho que sempre soube que me enganava.
 Me recuso a admitir - digo que é suposição
 Mas suponho que nunca vou parar de supor. 
 Suponha que a realidade venha à tona; 
 Que eu abra os olhos e veja que a vida não é feita de suposições.
 Talvez o céu não seja mais azul, 
 Talvez não existam palavras,
 Talvez eu descubra que não faz mais parte de mim.
 A vida não é feita de suposições.
 A vida não é feita de suposições.
 A vida não é feita de suposições.
 (Quem sabe se eu repetir aprenda que
 A vida não é feita de suposições).

Seu nome bem que podia estar aqui.

15/09/2012
 Não sei por quê resolvi escrever. É esse estado de "bêbada de sono" que faz querer digitar qualquer coisa, como se estivesse falando com alguém mas é sempre esse leitor inexistente. Cansei desse monólogo e fui procurar aquela que me deu a luz; caí em lágrimas. "Você tem que ser mais como eu, não dá pra ficar nessa dúvida", ela disse, e droga!, sei que ela está certa. Mas dá medo. Medo de perder o que tenho agora, que é melhor do que nada. Os textos são os mesmos há tempo demais, meu amor. E a situação é a mesma - por quê tem que ser ou rápido demais ou devagar demais? E mesmo que seja devaneio... a dúvida é insuportável. E por mais que a balança tenda para o negativismo, tem o maldito "e se". Dá medo. Medo de perder o pouco que tenho de ti. Medo de que deixes de ser passado, presente e futuro. E ainda assim sei que qualquer coisa é melhor do que esses joguinhos que podem ou não ser reais, assim como pode ser sim ou pode ser não, mas e se não for? E se for, corro o risco de perder tempo demais, assim como gastamos tempo de menos. Parece patético dizer isso quando apenas alguns meses se passaram, mas éramos jovens, muito mais jovens do que agora. Nunca nos encaixamos bem nessa coisa de adolescência, querido, mas não existe drama adolescente maior do que este em que me colocaste. Não me deu a chance de saber se é amor ou só um desejo irrefreável de ter-te mais perto do que agora, mas se a arma é o seu amor, atarei minhas mãos para você. O que quer que tenha sido, é o que quero. E o quero prolongado - e sei que assim posso tê-lo. Mas dá medo. Medo de ter entendido tudo errado; às vezes as palavras querem dizer o que querem dizer. E atos e olhares nem sempre vem carregados de dores e amores, às vezes são apenas produtos do ócio que me diz sentir. E ainda assim quero arriscar, mas onde está a maldita coragem? Não a tenho, pois sei que talvez tenha mais a perder do que a ganhar. E já perdi demais. Além disso não me ensinou a te esquecer. Você voltou quando comecei a sentir tua falta, assim sendo nunca tive a oportunidade de sentir o cheiro da sua ausência, e o temo. Temo que o odor seja desagradável - temo que eu me torne desagradável. Não sei como concluir esse texto porque não sei concluir o pensamento. Cabe aqui um "falar ou não falar: eis a questão". 

This girl wants you back again.

17/09/2012
 Sou aquelas cujos olhos pesam como as pedras que imagino carregar - sou aquela que não dorme há dias. Sou dona de lábios secos e cabelos descuidados. Sou quem canta melodias antigas e carrega livros empoeirados de páginas amarelas. Sou quem atravessa a cidade em busca de prédios mais altos e ruas mais largas. Sou quem encara estranhos e inventa suas histórias. Sou quem reza aos vermes e grita aos deuses. Sou quem tudo nota e nada diz. Sou quem pula do penhasco só para sentir o vento. Sou quem ri das sete faces do divino; metafísica não é bem o meu forte. Sou quem forja a espada e deixa de brandi-la. Sou quem corre sem paradas apenas para voltar duas casas. Sou quem atravessa o oceano e clama pelo conforto desidratado de um lar. Sou quem ri diante da perfeição. Sou quem declara guerra ao amor e, ainda assim, sou a tola que te deixou explodir no coração. Sou quem nada mais escreve, além de palavras mesquinhas sobre o amor. Ah, l'amour, l'amour... O estúpido e masoquista amor. Sou quem cansou de resistir. Sou quem, seu teu consentimento e conhecimento, entregou-se inteiramente a você. Sou quem canta this girl wants you back again. Sou quem teme e deseja sua voz. Sou quem se perde onde teus olhos começam. Sou quem se perde e te encontra. Sou quem bate à porta do clichê em teu nome. Sou quem canta e grita mas só pensa: this girl wants you back again.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Está chovendo de novo; pena que perco um amigo.

 "Será que esse Sol nunca vai embora?", ela se perguntava, fazendo o tão conhecido caminho para casa. Observava as pessoas ao seu redor; gostava de inventar suas histórias, que viajavam entre mulheres que flertavam com homens ao longo das ruas da cidade apenas para terminar a noite sozinhas, e crianças que dentro de alguns anos tornariam-se artistas com o coração sangrento. Imaginava histórias, e esquecia-se de escrever a sua própria - ela talvez não achasse interessante a maneira como as coisas seguiam naqueles dias ensolarados. O Sol não é tão interessante como a chuva, assim como a estabilidade não é tão espetacular quanto a instabilidade.
 Deparou-se com cinco ou seis crianças que corriam em círculos, umas atrás das outras, e soltavam gargalhadas altas e gritos de surpresa quando alguma delas tropeçava. Foi atingida por um sentimento de nostalgia, invadida por memórias dos anos em que a faculdade, os estereótipos, o dinheiro, a amizade, o amor, a responsabilidade e sua própria existência não eram fatores importantes. "Como é fácil", ela pensou, "brincar em cadeiras de balanço, sem se preocupar com a idade que se tem". E como a idade os dezessete anos são um problema! Não são dezesseis e nem dezoito. Como pode uma pessoa agir como dezessete?
 - Você age como criança às vezes.
 - E qual o mal nisso?
 - Não vai dar certo. Eu não sou criança. 
 - Pois devia. 
 - ...
 - Vou sentir sua falta.
 - ...
 Uma pequena gota de chuva escorreu de seus olhos. Quase conseguia vê-lo ali na sua frente, embora soubesse que ele estava longe demais para ser visto. Cerrou os olhos numa tentativa inútil de se prender àquela alucinação. As gotas da chuva eram agora pesadas e não havia muito o que se enxergar, e ela correu. Correu para onde ele estivera. E tudo o que encontrou foi o portão de casa.


P.s.: Vou colocar meus textos aos poucos aqui. Acontece que blogspot é mais fácil que o weebly haha