sábado, 8 de dezembro de 2012

Primeiro poema


O que quero não é importante
Diante daquilo que querem de mim
E, ah, essas ordens eu bem conheço!
“Estude, trabalhe, procrie,
Vista a máscara, torne-se a máscara.
És inteligente; defenda o comunismo e
Viva o capitalismo!
Se entretenha, para isso existem os vampiros.
Quem é esse tal de Aldous Huxley?
Olhe para esta boneca, tão bela...
Sei que queres ser como ela.
Olhe para este novo modelo, é revolucionário!
Sei que queres virar teu escravo.
Descanse, dance, balance.
Aceite, respeite.”
Mas quero mais do que isso, além disso
Quero o inexistente e descontente,
O verdadeiro e passageiro.
Quero cair, me jogar, me quebrar em mil pedaços
Existir e resistir.


Primeiríssimo. 

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