sábado, 27 de abril de 2013

Eu desejaria uma estrela, mas essa estrela não brilha

Sabe aqueles devaneios de Sábado a noite? Você está prestes a ler um.


Hoje eu olhei para o Céu, e lembrei de uma época onde você podia de fato contar as estrelas. Não sei há quanto tempo exatamente eu contei os pontos brancos e dourados, mas sei que não foi há muito. Gostaria de saber quando foi que as estrelas se apagaram e o céu se tornou um espaço vazio e escuro. Chato. Sem a luz das estrelas, as ruas se tornaram perigosas e horríveis. O mundo por si tornou-se o espaço plano acima de nós. E os desejos se foram com as estrelas. 
Você consegue se lembrar de confiar os seus sonhos a uma estrela brilhante que por uma noite foi o seu porto seguro? Você se lembra de um dia viver em mundo que não era comandado pelo ceticismo e o niilismo? Ora, eu sei que o niilismo pode salvar, mas o que te nutre pode também te destruir. Essa é a nostalgia de uma vida cheia de crenças e esperanças que foram mortas pela certeza de que o que está ruim muitas vezes tende a pior. E eu não sou uma pessoa negativa, veja bem, eu acredito na mudança do mundo, só não acredito nas pessoas que tem o poder de mudá-lo porque elas não acreditam nessa força. 
Escrevi que me perdi em algum lugar, escolhendo a esquerda no lugar da direita ou vice-versa. Acredito que gostaria de continuar perdida, mas me encontrei no céu vazio que me cercou esta noite. Encontrei o meu ceticismo e o meu niilismo. Encontrei a minha descrença no mundo que já foi meu. Deixei que o Lunático tomasse conta dos dedos que flutuaram para encontrar as letras que condenariam o lado escuro da lua. A minha cabeça explodiu em melodias escuras, querido.
E não existe um lado escuro da Lua. Na verdade, é tudo escuro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário